Centro Marcelino Champagnat acolhe imigrantes afegãos

Em meio à crise humanitária no Afeganistão, Centro Marcelino Champagnat se torna lar temporário de famílias imigrantes que precisaram sair de seu país

O Talibã tem vivido um cenário de conflitos políticos, fazendo com que os habitantes sofram com condições que colocam suas vidas e bem-estar em risco. Desde que retomou o poder do Afeganistão, muitos cidadãos talibãs tentam fugir de seu país, em busca de paz e segurança, tornando-se imigrantes afegãos.

Com esses movimentos de imigrantes, governos e entidades de diversos países têm oferecido ajuda para acolher famílias que conseguem fugir. Assim, esse é o caso do Centro Marcelino Champagnat, que em fevereiro deste ano, acolheu uma família afegã. Os refugiados desembarcaram em Curitiba sem garantias de moradia ou estabilidade para se manter.

Proporcionando um ambiente seguro e um tratamento digno às famílias, o Centro Marcelino Champagnat realiza um ato de empatia. Assim, ele rompe as fronteiras territoriais e enxerga a necessidade de quem vem de tão longe em busca de paz.

Essa atitude não afeta somente a família acolhida, mas tem amplo impacto na sociedade. Afinal, é um reforço às práticas de solidariedade e comunhão, reconhecendo que os problemas que ocorrem aparentemente em regiões distantes são, na verdade, próximos e capazes de afetar a sociedade global.

Então, como pautado no XXII Capítulo Geral, manifesto que guia as práticas e princípios compartilhados pelos membros Marista: Nossa vocação implica uma disponibilidade global em nossa família mundial, comprometendo-nos na transformação do mundo, ao lado dos pobres, especialmente as crianças e jovens.

O impacto da solidariedade

Dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que há aproximadamente 281 milhões de pessoas vivendo fora de seu país de nascimento ou cidadania. Desse total, cerca de 82,4 milhões são consideradas refugiadas, ou seja, precisaram abandonar suas casas e rotinas em busca de condições dignas.

Os motivos podem envolver perseguições por raça, religião, nacionalidade ou forte ameaça aos Direitos Humanos, por exemplo. O cenário, que já era devastador, intensificou-se ainda mais com a pandemia de Covid-19, pois ela acentuou realidades de extrema pobreza e vulnerabilidade social.

Tudo isso coloca em risco os direitos das crianças e dos adolescentes de crescerem e se desenvolverem plenamente. E não há como almejar um futuro mais humano e justo sem considerar as realidades alheias.

Por isso, o Grupo Marista se pauta em uma visão integral das condições sociais, e acredita que atos como a oferta de moradia temporária aos recém chegados refugiados é uma forma de amenizar o sofrimento vivido por eles, auxiliando-os a se estabelecerem em nosso território.

O lar temporário, ofertado pelo Centro Marcelino Champagnat, tem como objetivo acolher e dar condições para que as famílias se estabilizem, acomodem-se com segurança e possam buscar oportunidades de renda e moradia permanente.

Esse acolhimento humanizado expressa uma corrente de solidariedade e esperança social, sendo um meio de reforçar que as práticas Marista visam o bem-estar global, compreendendo que cada criança, adolescente e adulto merece uma vida digna.

Para a sociedade que deseja participar e colaborar, a entidade SOS Afeganistão, da Igreja Presbiteriana e a agência Missão em Apoio à Igreja Sofredora (MAIS), recebe doações, que são destinadas aos imigrantes que chegaram à Região Metropolitana de Curitiba.

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